sábado, 23 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
Cor vermelha debruada
Esta semana apercebi-me de uma coisa. Não é nenhuma grande revelação, na verdade, mas às vezes o mais visível passa-nos pelos olhos e nem reparamos.
Sucedem-se os dias em que tudo é mais importante, tudo é mais urgente, tudo é mais, mais mais. Esta semana percebi o que me têm estado a tentar ensinar já há dois semestres. Que no momento de fraqueza, naquelas alturas em que o corpo não cumpre o que lhe é pedido, tudo é menos. É menor o conforto, é menor a rapidez, é menor a serenidade, é menor o físico, o psico e o social que fazem de nós seres humanos.
E sim, o corpo fraqueja e a calma não é o que mais impera. Ao que nos agarramos? O Sr. A, no serviço de Hematologia/ Oncologia há meses. Não precisam de lho dizer para que saiba que não vai viver mais tempo. Ele sabe. Sabe também que quer acreditar. Não diz que acredita na cura, diz que acredita que valeu a pensa cá estar. Agarra-se a uma fé que me faz arrepiar, sem nunca ter dito em Quem acredita.
Mas a fé, essa, é a esperança máxima, é o acreditar em algo ou Alguém sem pedir provas.
Esta semana suspirei de fé nesta fé. Ao Fox, que pediu que viesse aqui escrever actualizações sobre as nossas Promessas, dizer que só fazem sentido quando assim é. Quando acreditamos e quando depositamos no lenço vermelho a vontade de "deixar o Mundo um pouco melhor do que o encontrámos".
"Podes achar que não tens
Para onde ir, nem que fazer.
Não sabes bem quem és aqui
Neste Mundo, tão grande e frio.
Mas há qualquer Coisa em ti
Que te faz crer
Acreditar, Acreditar!"
canhotas rubras,
joaninha
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